OS FUZIS DE DONA THEREZA
(1968)

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  • REPERCUSSÃO (2/4)
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    Luis Pellegrini
    Manchete
    sem data

    Acervo Flávio Império

    © Luis Pellegrini

    Nossos fuzis em Nancy

    (Paris) – Pela terceira vez consecutiva, um elenco brasileiro tornou-se a grande atração do Festival Mundial de Teatro de Nancy. Em 1967 foi o TUCA, com Morte e Vida Severina. No ano passado, o Oficina com O Rei da Vela. Agora, entre quarenta companhias precedentes de cinco continentes, o Teatro Universitário de São Paulo foi escolhido pelos organizadores do festival para o espetáculo da noite de encerramento: Os Fuzis da Senhora Carrar, de Brecht, anteriormente premiado no Brasil, conquistou público e crítica internacionais, valendo como prêmio o convite para o último espetáculo, porque Nancy aboliu o sistema de premiação. Flávio Império e seus jovens intérpretes cimentaram o que pode tornar-se uma tradição, valendo prestígio para o teatro brasileiro na Europa.

    O crítico Bernard Vit resumiu a opinião dos seus colegas franceses: “A ovação formidável do público foi uma homenagem justa ao trabalho dos universitários de São Paulo, que souberam dar à peça uma dimensão cósmica. De linear e anedótica, ela se transformou num grito de tragédia grega de amplitude universal. De teatro tradicional, ela se transformou em teatro total, abolindo as fronteiras entre o público e a cena, Com esta representação triunfal, os brasileiros concretizaram a maior ambição do Festival de Nancy: fazer um teatro universal, para todos, um teatro do dia de hoje.”

    LUIS PELLEGRINI

    OS FUZIS DE DONA THEREZA
    (1968)