OS FUZIS DE DONA THEREZA
(1968)

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  • REPERCUSSÃO (3/4)
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    Martine Borrelly
    Le Monde
    29 de abril de 1969

    Acervo Flávio Império

    © Martine Borrelly

    O festival, teatro aberto sobre o mundo
    Uma cena aberta

    A cortina não fechou, no domingo a noite, na representação dos Fuzis da Senhora Carrar : Os atores ficaram por muito tempo no palco e na platéia, no meio do público. Simbólico? Sem dúvida: em relação a peça de Brecht mais ainda, mas sobretudo em relação à representação do mundo. Durante 10 dias, jovens vindos do leste e do oeste, de países aonde existe a fome, às vezes de pão, outras de liberdade, mas sempre da paz.

    Esse mundo que nos mostraram não é somente um pretexto ao teatro, ao espetáculo: ele é parte de suas vidas, das nossas. A ausência de barreiras entre a sala e o palco, o desaparecimento da ribalta, a penetração constante dos atores no meio do público nos toca sensivelmente. O ato dessa cortina não se fechar proclamou, com vigor, a força do símbolo.

    MARTINE BORRELL

    OS FUZIS DE DONA THEREZA
    (1968)