DOCES BÁRBAROS
(1976)

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  • DEPOIMENTOS (1/1)
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    Depoimento de Maria Thereza Vargas
    Exposição REVER ESPAÇOS
    Centro Cultural São Paulo, 1983
    Acervo Flávio Império; Prefeitura de São Paulo/ Secretaria Municipal de Cultura/ Centro Cultural São Paulo

    © Flávio Império

    Às vezes, o projeto é para a semana que vem. Em Doces Bárbaros eu embarquei com o Fauzi Arap, diretor do espetáculo, para o Rio e, uma semana depois, eu, a Loira, todo mundo estávamos pendurando o grande pano, que era uma flâmula enorme, transparente, translúcida de cor, no Anhembi. Nós mesmos porque não tinha maquinista. Eu, a Das Dores, as costureiras e o pano era tão grande e a nossa casa era tão pequena que não dava para a gente ver esse pano de forma inteira, a não ser depois de pendurado no palco. E vimos juntos com o próprio Caetano.

    Caetano sentado na plateia, achando lindo e falando: “Oh! Que felicidade!” Roteiros na vida da gente que são formados por acidentes do cotidiano e, no acidente do cotidiano, como se cada pé de passo fosse uma encruzilhada, você decide no ato.

    FLÁVIO IMPÉRIO

    DOCES BÁRBAROS
    (1976)