ARQUITETURA » ABÓBODAS

GINÁSIO ESTADUAL E ESCOLA NORMAL DE BROTAS (1966-1967)

Em três de um total de oito escolas projetadas para o extinto Fundo Estadual de Construções Escolares (Fece), Flávio Império, Rodrigo Lefèvre e Sérgio Ferro buscaram ampliar a aplicação do sistema construtivo em abóbadas que vinham desenvolvendo no âmbito residencial: a Escola Normal e Ginásio Estadual de Brotas (1966), o Instituto de Educação Sud Menucci (1967) e o Ginásio Estadual Jorge Cury (1967), ambos em Piracicaba. Destes, apenas a escola de Brotas foi executada com a tipologia que lhes é comum, uma sequência de abóbadas parabólicas com o encontro sobre vigas e pilares de concreto, tocando o solo nas extremidades. O Instituto Sud Menucci não foi concluído em função de um acidente em que ocorreu o descimbramento das formas da cobertura antes da perfeita cura do concreto, com consequente desmoronamento. A obra abortada deve ter sido determinante para que, no Ginásio Estadual Jorge Cury, um telhado convencional em telhas de fibrocimento substituísse a cobertura em abóbadas prevista no anteprojeto da escola.

O Ginásio Estadual e Escola Normal de Brotas apresenta um grande bloco de salas de aula, administração e apoio com plantas regulares e lajes onduladas de cobertura com o ginásio de esportes numa das extremidades, coberto com abóbada concordante que avança para o interior do lote, e a casa do zelador na outra, em abóbada única, perpendicular ao conjunto da grande cobertura, próxima à rua. A implantação da escola de Brotas apresenta três entradas independentes, uma para o pré-primário, outra para o primário e a terceira junto ao pátio coberto, para os alunos mais velhos, hierarquia esta que também organiza o espaço em cotas de nível diversas. O projeto estrutural do edifício é de Ugo Tedeschi e Yukio Ogata.

DESENHO
OBRA CONSTRUÍDA