Ao longo da década, e de maneira mais notável entre 1965 e 1967, além de expor individualmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, Flávio Império participa de algumas das mais importantes exposições coletivas da época, como Opinião 65 (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro), Proposta 65 (Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo) e Nova Objetividade Brasileira (também organizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1967). Além disso, é convidado para integrar a representação oficial brasileira na III Bienal Americana de Arte, em Córdoba (Argentina), em 1966. Coerentemente com a temática abordada pelo artista nesses anos, tratam-se de exposições, em sua maioria, polêmicas e ousadas, em que a obra de Flávio Império encontra-se em perfeita sintonia com as produzidas, no mesmo período, por Hélio Oiticica, para citar o artista que mais coerentemente visava a criação de uma obra de arte total, seguindo um caminho que o próprio Flávio viria a trilhar, de maneira extremamente pessoal, dali a poucos anos.
Com base nos recortes de imprensa disponíveis e nos catálogos das exposições, parece lícito afirmar que, na maioria dessas ocasiões, Flávio Império era convidado para expor suas pinturas, raras vezes em conjunto com os objetos e os relevos que também produzia na época. Como demonstra o texto escrito pelo artista em ocasião da exposição individual no Teatro de Arena, em São Paulo (com o qual já colaborava ativamente como cenógrafo e figurinista), a sua produção desse período se insere no que viria a ser chamado de pop brasileiro, movimento caracterizado por um uso nitidamente político da produção artística. É significativo, nesse sentido, que entre os artistas convidados para participar das exposições acima citadas, estivessem expoentes fundamentais do movimento, como Antonio Dias, Rubens Gerchman e especialmente Claudio Tozzi, com quem Flávio Império viria a colaborar, ao longo da década seguinte, em mais de uma oportunidade.
ARTISTAS PARTICIPANTES OPINIÃO 65 (NA MESMA ORDEM UTILIZADA NO CONVITE): JACK ...